Portfólio Manejo do solo para cultivo de Goiaba
Agronomia 4º semestre
Situação geradora de aprendizagem (SGA)
“Manejo do solo para cultivo de Goiaba”
Sebastião Medeiros recentemente adquiriu uma propriedade de 100 ha. O produtor precisa identificar as condições da área e a possibilidade de uso dela para a agricultura. A ideia inicial é utilizar a área para cultivo de goiaba.
Imagine que para ajudá-lo nesse processo, Sebastião contratou você, como Agrônomo, para identificar as características da área, a aptidão dela para a agricultura e as características das plantas que deseja cultivar. A região onde a propriedade está localizada possui clima tropical, ou seja, as chuvas são presentes com frequência e o clima é bastante quente. A vegetação é densa e a atividade biológica também.
A goiabeira (Psidium guajava L.) é nativa da América do Sul, de onde foi levada, pelos navegantes europeus, para as colônias africanas e asiáticas, tendo se espalhado para todas as regiões tropicais. No Brasil, a goiabeira possui ampla distribuição geográfica e o cultivo é mais significativo nas regiões Sudeste (São Paulo) e Nordeste (Pernambuco), mas pode ser encontrado em áreas significativas na região Sul.
Considerando o contexto apresentado e com base dos conhecimentos adquiridos ao longo desse semestre, responda aos questionamentos apontados pelos professores.
Essas indagações e reflexões fazem parte da proposta desta atividade, que associados aos seus conhecimentos preliminares, darão base para resolução da presente produção textual.
ORIENTAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DO TRABALHO
• Informática Aplicada
O Brasil é o terceiro maior produtor de goiaba do mundo, com uma produção de mais de 500mil
toneladas da fruta. A tabela abaixo traz dados do IBGE sobre a produção e a área destinada à colheita
de Goiaba no Brasil:
Com base nos dados da tabela anterior e utilizando o Software Excel, produza o que se pede:
1. Crie um gráfico de colunas para representar a quantidade de goiaba produzida por ano no Brasil.
2. Crie um gráfico de linhas para representar a área destinada à colheita por ano no Brasil.
3. Crie um gráfico de 2 eixos combinando os valores de quantidade produzida e área destinada à colheita em um mesmo gráfico.
• Ciência do Solo: Morfologia e Gênese
Ao planejarmos a implantação de uma nova cultura devemos considerar os diferentes fatores que irão afetar o sucesso do empreendimento. Em alguns casos os fatores adversos poderão ser contornados com o manejo adequado, como é o caso da fertilidade do solo, entretanto, há fatores que são limitantes para o desenvolvimento de uma determinada atividade e, quando ignorados, podem provocar o insucesso da atividade, como exemplo podemos citar os fatores climáticos (pluviosidade, temperatura etc.). Dessa forma, o planejamento do uso do solo deve ser subsidiado por uma investigação mais detalhada das condições ambientais locais. Sabendo que o solo é um dos principais fatores que afetam o desenvolvimento e a produtividade das culturas agrícolas e, ainda, considerando que o produtor em questão deseja implantar uma cultura perene, pergunta-se:
1- Que características morfológicas do solo deverão ser observadas e investigadas para se avaliar se o local é adequado para o plantio de goiabeiras?
2- Quais características morfológicas do solo são limitantes para o desenvolvimento de uma cultura perene como a goiabeira?
3- Quais características morfológicas do solo são desejadas para o cultivo de uma cultura perene como a goiabeira?
• Ciência do Solo: Fertilidade do Solo e Nutrição Mineral das Plantas
De uma maneira geral, a amostragem e análise química do solo são etapas iniciais que influem na produtividade das culturas. Assim, falhas na coleta das amostras do solo geram erros, que não podem ser corrigidos pela análise do solo. Portanto, deve-se ter todo o cuidado para que as amostras sejam representativas das áreas a serem cultivadas. Para tanto, alguns critérios técnicos devem ser adotados.
Responda:
1- Indique os critérios observados na coleta das amostras para realizar a análise química e física do solo.
2- A correção da acidez do solo, através da calagem, é o primeiro passo para se obter altas produtividades, uma vez que as raízes não se desenvolvem adequadamente em solos muito ácidos.
A escolha do corretivo vai depender dos resultados da análise do solo. Escreva sobre como deve ser realizado, a campo, a aplicação dos corretivos do solo.
3- Na goiabeira, podemos verificar que são sugeridas as adubações de plantio, de formação e de produção. Sabendo que a adubação de plantio, pode ser realizada na cova, indique como devem ser realizadas as adubações de formação e produção para a cultura da goiabeira.
• Topografia e Georreferenciamento
Diante do desafio do manejo de uma determinada região para o cultivo de goiaba, um dos fatores a se analisar é a declividade do terreno disponível para plantio. Neste sentido a topografia do terreno é um aspecto muito importante nesta etapa, por exemplo, uma região de topografia suave pode facilmente suportar várias culturas; enquanto uma região de topografia muito acidentada pode ser recomendada prosseguir com o terraceamento.
Essa decisão envolve vários fatores além da cultura a ser ali cultivada, muitas vezes a decisão de promover um terraceamento pode ser influenciada pelo uso de maquinário agrícola ou como medida protetiva contra erosão e rupturas dos taludes.
Neste cenário, você e sua equipe foram convidados a apresentar um parecer técnico sobre a questão do plantio de goiaba em determinada região, representada pela figura abaixo.
Figura 1 – Planialtimetria da região consultada na prefeitura e imagens de satélite
Adaptado de Prefeitura Municipal de Londrina; google maps; do autor.
Com base neste cenário e em seus conhecimentos, pede-se:
a) Qual dos segmentos é a região de topografia mais suave? Qual dos segmentos tem a região de topografia mais acidentada?
Considere que fora feito um levantamento altimétrico, para representação do perfil do terreno em um pequeno trecho de interesse, os dados deste levantamento estão registrados na tabela abaixo.
Figura 2 – Levantamento Altimétrico executado in loco de trecho te interesse.
b) Qual a maior diferença de nível com relação aos pontos levantados?
c) Sabendo as distâncias dos pontos, calcule a maior e a menor inclinação (geralmente em módulo e %).
d) Com base nas declividades previamente calculadas, decida quanto à necessidade do uso da técnica de terraceamento.
• Morfologia e Sistemática Vegetal
A nomenclatura botânica é direcionada pelo Código Internacional de Nomenclatura Botânica (CINB), o qual é constituído por orientações e regras que são atualizados a cada quatro anos no Congresso Internacional de Botânico. Definir regras para a nomenclatura científica evita problemas com as variações regionais, além de contribuir para o processo de classificação e taxonomia biológica.
Do ponto de vista científico, a goiabeira possui o nome científico Psidium guajava L. e está classificada dentro de categorias definidas de acordo com suas características Morfológicas e Sistemáticas.
Sendo assim, escreva sobre os seguintes pontos:
1. Preencha a tabela a seguir com as informações referentes as características taxonômicas do Eucalipto:
2. Quais as características das plantas pertencentes a mesma família da goiabeira?
Sugestões de bibliografia
BARBOSA, F.R.; LIMA, M.F. A cultura da Goiaba. 2 ed. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2010.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 5. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. v. 1, p. 309.
NATALE, W.; PRADO, R. M.; ROZANE, D. E.; ROMUALDO, L. M. Efeitos da calagem na fertilidade do solo e na nutrição e produtividade da goiabeira. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 31,n. 6, p. 1475-1485, 2007.
PRADO, R. M.; NATALE, W. Calagem na nutrição de cálcio e no desenvolvimento do sistema radicular da goiabeira. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 39, n. 10, p. 1007- 1012, 2004.
TEIXEIRA, A. H. de C.; GONZAGA NETO, L.; MOURA, M. S. B. de. Condições de clima e solo. In: GONZAGA NETO, L. (Ed.). Goiaba: produção. Petrolina: Embrapa Semi-Árido, 2001. p. 24-27. (Frutas do Brasil, 17).
